terça-feira, 12 de maio de 2009

Prós e Contras improdutivo

Ontem realizou-se o primeiro debate televisivo com todos os cabeças de lista às Europeias.
Na minha opinião foi inconclusivo e pouco produtivo.
Passo a explicar o meu ponto de vista.

Um debate televisivo com 13 participantes e com a duração de aproximadamente 2 horas (já excluindo os intervalos) é incongruente. Como se esperava, não há tempo para ninguém expor as suas ideias e projectos. Fazendo uma conta simples, concluiu-se que há 9 minutos apenas para cada pessoa falar. Como é que se pode debater alguma coisa?

Passando ao "sumo" do debate, houve algumas observações que anotei, pelo menos até onde vi.
  • Em primeiro lugar, não compreendo de onde surgiu a ideia lançada, salvo erro por 2 partidos, chamados pequenos, de reapostar na agricultura e na indústria. Isso é regressar ao passado! Essa aposta, tão vincada durante o Estado Novo, era na época pré terciarização e pré globalização. E essas são duas realidades incontornáveis. Todos pressupostos (sociais, económicos, culturais, mundiais, etc.) são diferentes.
  • Uma das boas ideias lançadas, foi a aposta nas energias renováveis como factor de diferenciação de Portugal.
  • A questão fiscal também foi levantada, não sendo consensual entre os partidos.
  • Discutiu-se ainda se Portugal deveria ou não sair da União Europeia e é a velha história. A integração é muito boa quando entram fundos, mas muito má quando vem exigir o reverso da medalha. É consensual entre os candidatos que a saída não seria boa para o país.
Olhando o debate por outra perspectiva, no confronto de personalidades houve três aspectos chamaram-me a atenção:
  • Nuno Melo. Perdeu uma boa % do seu reduzido tempo de fala a queixar-se da rouquidão e a pedir a palavra e acabou por não dizer quase nada que interessasse. Preocupou-se com o acessório e esqueceu-se do essencial (que era expor as suas ideias).
  • Ilda Figueiredo. De longe a que melhor está dentro dos assuntos europeus e que mais demonstrou saber do que fala e o que defende.
  • Paulo Rangel. Praticamente não me lembro de nada do que disse.
  • Elisa Ferreira. A candidata da polémica e que reflecte o aproveitamento que alguns deputados fazem do Parlamento Europeu: "só dar o nome".

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