domingo, 31 de maio de 2009

Da Parvoíce à seriedade...

... vai um saltinho muito pequenino, no que a mim diz respeito. Posso abordar assuntos extremamente sérios como situação económico-financeira portuguesa / mundial, política portuguesa / internacional como falar de futebol ( do meu puarto cuarago[ e não só ]! ), cinema, música ou livros. Poderão ver-me aqui a " aparvalhar " um bocado, mas provavelmente irão habituar-se ao 'clima'.

Quero agradecer o convite ao Mr.  Connections pelo convite. Terei todo o prazer em (o)pinar (n)o blog =)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Popularidade Europeia - sinceridade sempre!

Perante a proposta de criação de criação de um novo imposto (o que popularmente é sempre desagradável), segundo o Económico a reacção de um alto responsável político foi a seguinte:

"Não lhes chegam ver a Europa com o nível de popularidade
mais baixo de sempre? Querem pior?"


Bem, esta declaração revela claramente qual o espírito de um político em qualquer órgão, seja europeu, governamental ou autárquico: ser popular. O resto (competência e o bem estar da sociedade) fica para segundo plano.
Não é necessário recorrer a nenhum estudo, são os próprios políticos que o assumem.
Nota: este comentário refere-se apenas à declaração do político e não à criação do imposto propriamente dita.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Haverá luz em Nova Iorque?

Numa altura me que a actividade cultural das cidades é mais que nunca tema de crítica por parte de quase toda a gente, julgo que é necessária uma análise detalhada de tudo o que por aí existe. Será que são as cidades que não oferecem cultura ou seremos nós que não a procuramos. Darei alguns exemplos. De grandes metrópoles a pequenas cidades para que compreendam melhor daquilo que falo. Assim vejamos:

Nova Iorque: Quando esta cidade deixar de ter actividade cultural é porque a cultura deixou de existir. Actualmente é sem dúvida a cidade mais dinâmica do mundo em actividades culturais de todo o tipo e género senão vejamos. Por dia existem mais de 5mil iniciativas de todo o tipo. Todos os minutos está algo novo a estrear. A dificuldade é mesmo calendarizar o que se quer ver de uma forma muito cuidadosa para que nada seja deixado de parte. Sinceramente acho que quando há de mais as pessoas não dão quase importância às diversas actividades. Esse neste momento é um problema grave da cidade. A quantidade de coisas que existe é tão grande que quase não há espaço para lançar uma crítica sobre o filme "A" ou sobre a peça de teatro "X" ou sobre a exposição "Y".

Porto: Fico espantado com os que dizem que o Porto não tem actividade cultural. Para a dimensão da cidade julgo que está bastante bem servido. Só para vos dar um exemplo muito simples vejamos o que acontece hoje de actividades culturais no Porto:

  1. Sequeira Costa com a Orquestra Nacional do Porto na casa da música
  2. Festa da cereja do mundo rural na Quinta da Bonjóia
  3. XVI Festival de Tunas do ISEP na Praça Sandeman
  4. Música na Tertúlia Castelense
  5. Teatro Wonderland
  6. Pasion de Buena Vista (teatro) no Coliseu do Porto
Para quem tem dúvidas do que digo basta efectuar download deste pdf -> http://www.cm-porto.pt/users/0/58/iporto09_be94f1d0505101f2214d0ac17812efdb.pdf e poderá ver tudo o que se passa de cultura no Porto que na minha opinião não é tão pouco quanto isso para uma área metropolitana de cerca de meio milhão de pessoas.

Espinho: Até uma cidade pequena como Espinho consegue todas as semanas ter pelo menos uma activdade cultural no auditório da academia. Hoje por exemplo haverá o Festival Tonalidades 2009. Estou a falar apenas de iniciativas que estão disponíveis para serem vistas na internet porque tenho a certeza que há iniciativas que não estão disponíveis online mas que as pessoas que vivem nas cidades podem ter conhecimento delas.

Chegamos ao ponto em que só vamos a uma actividade se formos chamados para ela. Não procuramos saber o que se passa, existem todos os dias a todas as horas inúmeras activdades culturais é so termos um tempo disponível e a vontade.

Não meus caros...a cultura não morreu. Nós é que parece que estamos a morrer para a cultura!


Street art show. Nova Iorque.

domingo, 17 de maio de 2009

Economia portuguesa regista maior queda dos últimos 30 anos

15.05.2009 - 10h04


Por Vítor Costa

Daniel Rocha (arquivo)


As exportações sofreram uma forte redução. A economia portuguesa recuou 3,7 por cento no primeiro trimestre de 2009 face a igual período do ano passado, naquele que é o pior resultado desde pelo menos 1977, segundo dados divulgados hoje pelo Eurostat e pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).Ainda assim, os dados divulgados mostram que face ao quarto trimestre do ano passado, a economia recuou 1,5 por cento, valor que representa uma desaceleração no ritmo de contração da economia nacional, já que no quarto trimestre do ano passado, a economia nacional havia recuado 1,9 por cento face ao terceiro trimestre de 2008. Os dados divulgados pelo INE e pelo Eurostat seguem a tendência geral das restantes economias europeias, com todas a registarem fortes recuos no primeiro trimestre de 2009, deixando, assim, em dúvida se, de facto, o pior da actual crise económica internacional já terá passado. Para Portugal, o INE justifica a forte contracção registada no primeiro trimestre do ano com a redução "acentuada das exportações de eens e serviços, do investimento e, em menor grau, das despesas de consumo final das famílias". Ainda hoje, o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, deverá apresentar as novas previsões do Governo para a evolução da economia nacional. A última previsão do Governo apontava para uma contração da economia em 2009 de 0,8 por cento, valor bem distante das projecções do Banco de Portugal (-3,5 por cento), da Comissão Europeia (-3,7 por cento) ou do Fundo Monetário Internacional (-4,1 por cento).Analisando a série de evolução homóloga trimestral da economia nacional verifica-se que apenas em 1978, 1979, 1985 e 1986 é que em Portugal se registaram quedas com um nível tão acentuado da economia. Ainda assim, em nehum desses anos houve um trimestre tão negativo como o actual. Em 1978, no quarto trimestre, naquele que era até agora o pior registo da economia nacional, o Produto Interno Bruto (PIB) tinha recuado 3,5 por cento.Europa acelera degradaçãoApesar da forte retracção da economia nacional, este não é caso único na Europa, antes pelo contrário. Os dados divulgados pelo Eurostat mostram que no conjunto da Zona Euro, o recuo do PIB no primeiro trimestre do ano foi de 4,6 por cento face ao mesmo trimestre de 2008 e de 2,5 por cento face ao último trimestre do ano passado. Em ambos os casos, estes valores mostram que no primeiro trimestre deste ano, a economia acelerou o ritmo de degradação que já se vinha a fazer sentir. De facto, no último trimestre do ano passado, a economia da Zona Euro apenas tinha recuado 1,4 por cento em termos homólogos e 1,6 por cento face ao trimestre anterior.A mesma tendência é seguida quando se olha para os números do conjunto da União Europeia (UE). No primeiro trimestre de 2009 a UE recuou 4,4 por cento face a igual período do ano passado e 2,5 por cento face ao último trimestre de 2008. Ora, no último trimestre do ano passado e em termos homólogos, o recuo tinha sido de apenas 1,4 por cento. Já em cadeia, ou seja, face ao terceiro trimestre de 2008, o recuo foi de 1,5 por cento.Os dados divulgados pelo Eurostat permitem ainda verificar que Portugal tem pelo menos mais nove países da UE com pior desempenho. A lista é liderada pela Letónia cuja economia recuou no primeiro trimestre deste ano 18,6 por cento face a igual período do ano passado. De seguida aparece a Estónia com um recuo de 15,6 por cento e a Letónia com uma quebra de 10,9 por cento. Dentro da zona euro o "ranking" é comandado pela Itália, com uma quebra homóloga do PIB de 5,9 por cento.Os dados do Eurostat não apresentam ainda os resultados da Irlanda ou da Grécia, entre outros Estados europeus.


in Público

terça-feira, 12 de maio de 2009

O presente texto condensa e concretiza as propostas do Manifesto da Revista “Nova Águia” (novaaguia.blogspot.com) , órgão do M. I. L. Aqui se apresenta um ponto de partida, objecto de consenso entre os promotores do Movimento, destinado a ser aperfeiçoado mediante todas as críticas e sugestões, que solicitamos e agradecemos.
Ao apresentá-lo, fazemos nossas as palavras de Agostinho da Silva, cidadão luso-brasileiro cujo pensamento inspira o M. I. L., na proposta de reorganização de Portugal e do mundo lusófono que redigiu em 1974: “A comunidade a que o propomos é o Povo não realizado que actualmente habita Portugal, a Guiné, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, o Brasil, Angola, Moçambique, Macau, Timor, e vive, como emigrante ou exilado, da Rússia ao Chile, do Canadá à Austrália” – “Proposição”, in Dispersos, Lisboa, ICALP, 1989, p. 617.
1 – O Movimento Internacional Lusófono é um movimento cultural e cívico que visa mobilizar a sociedade civil para repensar e debater amplamente o sentido e o destino de Portugal e da Comunidade Lusófona.
2 – As nações e os 240 milhões de falantes da Língua Portuguesa em todo o mundo constituem uma comunidade histórico-cultural com uma identidade, vocação e potencialidade singular, a de estabelecer pontes, mediações e diálogos entre os diferentes povos, culturas, civilizações e religiões, promovendo uma cultura da paz, da compreensão, da fraternidade e do universalismo à escala planetária.
3 – Os valores essenciais da cultura lusófona constituem, junto com os valores essenciais de outras culturas, uma alternativa viável à crise do actual ciclo de civilização economicista e tecnocrático, contribuindo, com o seu humanismo universalista e sentido cósmico da vida, para uma urgente mutação da consciência e do comportamento, que torne possível uma outra globalização, a do desenvolvimento das superiores possibilidades humanas e da harmonia ecológica, possibilitando a utilização positiva dos actuais recursos materiais e científico-tecnológicos.
4 – As pátrias e os cidadãos lusófonos devem cultivar esta consciência da sua vocação, aproximar-se e assumir-se como uma comunidade fraterna, uma frátria, aberta a todo o mundo. A comunidade lusófona deve assumir-se como uma comunidade alternativa mundial – uma pátria-mátria-frátria do espírito, a “ideia a difundir pelo mundo” de que falou Agostinho da Silva – que veicule ideias, valores e práticas tão universais e benéficas que todos os cidadãos do mundo nelas se possam reconhecer, independentemente das suas nacionalidades, línguas, culturas, religiões e ideologias. A comunidade lusófona deve assumir-se sempre na primeira linha da expansão da consciência, da luta por uma sociedade mais justa, da defesa dos valores humanos fundamentais e das causas humanitárias, da sensibilização da comunidade internacional para todas as formas de violação dos direitos humanos e dos seres vivos e do apoio concreto a todas as populações em dificuldades. Para que isso seja possível, cada nação lusófona deve começar por ser exemplo desses valores.
5 – A vocação histórico-cultural da comunidade lusófona terá expressão natural na União Lusófona, a qual, pelo aprofundamento das potencialidades da actual Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, constituirá uma força alternativa mundial, a nível cultural, social, político e económico. Sem afectar a soberania dos estados e regiões nela incluídos, mas antes reforçando-a, a União Lusófona será um espaço privilegiado de interacção e solidariedade entre eles que potenciará também a afirmação de cada um nas respectivas áreas de influência e no mundo. Ou seja, no contexto da União Lusófona, a Galiza e Portugal aumentarão a sua influência ibérica e europeia, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné, Angola e Moçambique, a sua influência africana, o Brasil a sua influência no continente americano e Timor a sua influência asiática, sendo ao mesmo tempo acrescida a presença de cada um nas áreas de influência dos demais e no mundo. Sem esquecer Goa, Damão, Diu, Macau, todos os lugares onde se fale Português e onde a nossa diáspora esteja presente, os quais, embora integrados noutros estados, serão núcleos de irradiação cultural da União Lusófona.
6 – No que respeita a Portugal e à Galiza, este projecto será assumido em simultâneo com o estreitamento de relações culturais com as comunidades autónomas de Espanha, promovendo aí a cultura galaico-portuguesa e contrabalançar a influência espanhola em Portugal. O mesmo deve acontecer entre o Brasil e os países da América do Sul. Galiza, Portugal e Brasil, bem como as demais nações de língua portuguesa, devem afirmar sem complexos os valores lusófonos nas suas respectivas áreas de influência.
7 – A construção da União Lusófona, com os seus valores próprios, exige sociedades mais conscientes, livres e justas nos estados e regiões lusófonos. Em cada um desses estados e regiões, cabe às secções locais do Movimento Internacional Lusófono, dentro destes princípios essenciais e em coordenação com as dos restantes estados e regiões, apresentar e divulgar propostas concretas, adequadas a cada situação particular, pelos meios de intervenção cultural, social, cívica e política que forem mais oportunos.
***
No que respeita a Portugal, a secção portuguesa do Movimento Internacional Lusófono considera fundamentais as seguintes medidas:
I – Promover uma maior participação dos cidadãos na vida pública e política, nomeadamente em torno de um grande projecto para Portugal como o da União Lusófona, que os convoque para uma causa que transcende o imediatismo, o economicismo e os interesses dos partidos e dos grupos em luta pelo poder. Mobilizar os cidadãos indiferentes e descrentes da vida política, a enorme percentagem de abstencionistas e todos aqueles que se limitam a votar, para a responsabilidade de discutirem e criarem o melhor destino a dar à nação.
II – Sensibilizar os cidadãos e as instituições públicas e privadas para a importância e vantagens do projecto da União Lusófona, a nível cultural, social, político e económico. Promover a discussão pública desta proposta e uma cultura da consciência lusófona e universalista que enriqueça a nossa própria integração na União Europeia, tornando-nos parceiros activos na abertura da consciência europeia à cultura planetária.
III – Promover para esse fim formas alternativas de intervenção cultural, social e cívica, que permitam antecipar quanto possível a realidade desejada, sem depender dos poderes instituídos, dentro dos quadros democráticos e legais. Sem rejeitar os habituais meios de intervenção política, o Movimento Internacional Lusófono apela à e apoia a constituição de grupos cívicos ou confrarias laicas que sejam núcleos de discussão, divulgação e realização deste projecto, em Portugal e em todo o espaço lusófono, incluindo a emigração.
IV – Libertar a nossa vida mental, social e política da actual mediocridade, estagnação e submissão a interesses particularistas, partidários e dos grupos económicos, repondo-a ao serviço da cultura e de uma ética do bem comum.
V – Regenerar a democracia em Portugal, reformando o estado segundo modelos que fomentem a ampla participação política da sociedade civil. Recuperar a tradição municipalista portuguesa, promover uma regionalização e descentralização administrativa equilibradas, assegurando mecanismos de prevenção e controlo dos caciquismos locais.
VI – Assegurar o predomínio da ética e da política sobre a economia, de modo a que a produção e distribuição da riqueza vise o bem comum e a satisfação das necessidades básicas das populações. Explorar as potencialidades de formas de organização económica cujo objectivo fundamental não seja o lucro financeiro. Oferecer alternativas ao produtivismo e consumismo, fazendo do trabalho não um fim em si, mas um meio para a fruição do tempo livre de modo mais gratificante e criativo.
VII – Promover a sustentabilidade económica do país, desenvolvendo as economias locais e respeitando a harmonia ambiental.
VIII – Substituir quanto possível as energias não-renováveis (petróleo, carvão, gás natural, energia nuclear), por energias renováveis e alternativas (solar, eólica, hidráulica, marmotriz, etc.), superando o paradigma de uma economia baseada no petróleo e nos hidro-carbonetos.
IX – Dar prioridade, em todos os domínios da economia, da política e da investigação, às preocupações ambientais e ecológicas. Proteger os direitos dos animais e promover o seu cumprimento.
X – Assegurar um serviço público de saúde eficiente e acessível a todos, que inclua a possibilidade de opção por medicinas alternativas.
XI – Redignificar, com exigência, os professores e todos os profissionais ligados à educação, tornando esta e a cultura – não só tecnológica, mas filosófica, literária, artística e científica – o investimento estratégico do Orçamento de Estado e da governação. Os vários níveis de ensino visarão a formação integral da pessoa, não a sacrificando a uma mera especialização profissional. Neles haverá uma forte presença da cultura portuguesa e lusófona, bem como das várias culturas planetárias. Um português culto e bem formado deve ter uma consciência lusófona e universal, não apenas europeia-ocidental.
XII – Promover sem inibições a cultura portuguesa e lusófona no espaço internacional. Assegurar a tradução para inglês de textos fundamentais da nossa cultura e publicar, em conjunto com as nações lusófonas, uma revista bilingue, português-inglês, destinada a divulgar em todo o mundo os seus aspectos mais singulares e universais. Estreitar relações com os lusófilos estrangeiros e com todos os povos, culturas e movimentos que tenham características e projectos convergentes.
XIII – Implementar o Acordo Ortográfico, importante instrumento da consciência lusófona e da sua afirmação internacional.
XIV – Celebrar acordos com as nações lusófonas que promovam estratégias económicas conjuntas, sobretudo a nível comercial. Facilitar e proteger, mediante o levantamento das barreiras alfandegárias e fiscais, o comércio e a circulação de produtos em todo o mundo lusófono, com urgente destaque para os produtos culturais.
XV – Chegar gradualmente a um acordo que permita a livre-circulação dos cidadãos em todos os estados da comunidade lusófona.
XVI – Criar um Programa “Agostinho da Silva” que promova a circulação dos estudantes das nações lusófonas, de licenciatura e pós-graduação, nas universidades do espaço lusófono, começando por Portugal e Brasil.
Se quiser aderir a este Movimento ou formar um “Núcleo MIL”, envie-nos um mail para novaaguia@gmail.com . Visite também o nosso blogue: novaaguia.blogspot.com

Prós e Contras improdutivo

Ontem realizou-se o primeiro debate televisivo com todos os cabeças de lista às Europeias.
Na minha opinião foi inconclusivo e pouco produtivo.
Passo a explicar o meu ponto de vista.

Um debate televisivo com 13 participantes e com a duração de aproximadamente 2 horas (já excluindo os intervalos) é incongruente. Como se esperava, não há tempo para ninguém expor as suas ideias e projectos. Fazendo uma conta simples, concluiu-se que há 9 minutos apenas para cada pessoa falar. Como é que se pode debater alguma coisa?

Passando ao "sumo" do debate, houve algumas observações que anotei, pelo menos até onde vi.
  • Em primeiro lugar, não compreendo de onde surgiu a ideia lançada, salvo erro por 2 partidos, chamados pequenos, de reapostar na agricultura e na indústria. Isso é regressar ao passado! Essa aposta, tão vincada durante o Estado Novo, era na época pré terciarização e pré globalização. E essas são duas realidades incontornáveis. Todos pressupostos (sociais, económicos, culturais, mundiais, etc.) são diferentes.
  • Uma das boas ideias lançadas, foi a aposta nas energias renováveis como factor de diferenciação de Portugal.
  • A questão fiscal também foi levantada, não sendo consensual entre os partidos.
  • Discutiu-se ainda se Portugal deveria ou não sair da União Europeia e é a velha história. A integração é muito boa quando entram fundos, mas muito má quando vem exigir o reverso da medalha. É consensual entre os candidatos que a saída não seria boa para o país.
Olhando o debate por outra perspectiva, no confronto de personalidades houve três aspectos chamaram-me a atenção:
  • Nuno Melo. Perdeu uma boa % do seu reduzido tempo de fala a queixar-se da rouquidão e a pedir a palavra e acabou por não dizer quase nada que interessasse. Preocupou-se com o acessório e esqueceu-se do essencial (que era expor as suas ideias).
  • Ilda Figueiredo. De longe a que melhor está dentro dos assuntos europeus e que mais demonstrou saber do que fala e o que defende.
  • Paulo Rangel. Praticamente não me lembro de nada do que disse.
  • Elisa Ferreira. A candidata da polémica e que reflecte o aproveitamento que alguns deputados fazem do Parlamento Europeu: "só dar o nome".

terça-feira, 5 de maio de 2009

Confusão Europeia

A um mês das eleições europeias, ninguém ainda sabe o que é que se vai votar !!!

São os próprios políticos a baralhar política europeia com a interna. Misturam o que não deveria ser misturado e mais uma vez interrogo-me para que serão estas eleições? Um convite à abstenção ou uma sondagem (ou antevisão) às legislativas? Provavelmente as duas coisas ...

Estou cada vez mais convencido que este eleição de "protocolo" é inútil e um desperdício de recursos, pois quando chega a hora das decisões, o peso do Parlamento é muito reduzido, para não dizer praticamente nenhum.

Pergunto novamente: qual o objectivo das eleições europeias?