segunda-feira, 30 de março de 2009

Crise

Aconselho a leitura da informação contida nos seguintes endereços:

Transcrevo o seguinte post da autoria de Vital Moreira, dia 26 de Março de 2009, no blog Causa Nossa. Tem como título Tratado de Lisboa:
"A queda do governo checo deixa a União Europeia com uma presidência enfraquecida, logo agora que a crise económica e financeira torna mais necessário uma liderança forte. Se o Tratado de Lisboa já estivesse em vigor, teria deixado de existir este "risco nacional" das presidências europeias, visto que o Tratado prevê um presidente próprio do Conselho Europeu.", Vital Moreira

sexta-feira, 27 de março de 2009

Justiça Zen?!

Devido ao zelo do Ministério Público em "não incomodar" aqueles que devia acusar; ou seja: retirando acusações a meio dos julgamentos da Casa Pia e Avelino Ferreira Torres, não se confirma que os Exmos Delegados do Ministério Público tenham optado por uma política de "Não-Violência" de inspiração Ghandi. Estará criada a justiça Zen?!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Os preços mais baixos nos hipermercados

Os preços dos produtos em geral são mais baixos nos hipermercados dos nos super, minis ou nas mercearias, mas os volumes de vendas muito superiores, o mesmo acontecendo com os lucros.
Com a crise a apertar, o pequeno comércio sente cada vez mais dificuldades: os clientes pedem fiado e os clientes apertam.
Contudo, resolvi analisar uns dados muito interessantes, que ajudam a reflectir se aquela frase popular que diz que na crise os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
Com base nas Demonstrações Financeiras de 2007, calculei e comparei o Tempo Médio de Recebimento e Pagamento dos dois maiores grupos de distribuição em Portugal e reparem:

.......................| ..TM Recebimento ..........TM Pagamento...... | ....Diferença
Sonae ...............| ........ 10.91 dias............................121.2 dias............. |..... 110.29 dias
J. Martins .......| .........10.31 dias ..........................108.68 dias ...........| .......98.37 dias
"Mercearia" ...|..(Quando o cliente receber ordenado) ..........+- 90 dias


Dá que pensar ....
Os que mais e mais cedo recebem são os que demoram mais tempo a pagar ...
Chamo a atenção para dois pormenores: nas grandes superfícies, a maioria dos clientes pagam na hora e que estes são tempos médios e não reflectem a dispersão dos valores.
Estes prazos dilatados dos fornecedores aos grandes grupos pode ser justificado pelo facto destes serem bons clientes e de apresentar um risco reduzido de incumprimento.. Por outras palavras, a parte mais forte impõe-se à mais fraca. Por outro lado, o desfasamento temporal permite, por exemplo, às grandes companhias depositar os recebimentos num banco e tirar daí juros. Portanto, esta é uma das razões justificativas para os preços inferiores.

NOTA:
Os valores calculados resultaram da seguinte fórmula: TMR= Clientes/Vendas e Prestação de Serviços*365e TMP= Fornecedores/Compras*365, que podem ser consultados nas Demonstrações Financeiras de 2007 nos seguintes sites: http://www.sonaedistribuicao.com/ e http://www.jeronimomartins.pt.

Tema para discussão

Será que nascemos enquanto Homens bons ou maus? Será o Homem um ser naturalmente mau ou um ser naturalmente bom?

Agradecia que os leitores do blog alimentassem esta discussão nos comentários, desta forma podemos tornar activo um espaço que tem tido muitos poucos comentários.

Momentos estranhos

São estes os momentos que vivemos. Estranhos. O mundo está a ser acondicionado pelo poderio americano e atemorizado com o controlo desse mesmo poderio por parte dos chineses e indianos. Aos que falam mal do capitalismo americano (política económica da qual também discordo profundamente) e dizem que não vêem a hora dos EUA serem ultrapassados por outras potências peço apenas a esses ideólogos que pensem só um bocadinho. É certo que o país de Obama tem muitas semelhanças com a Europa Ocidental, certamente tem mais semelhanças do que a China ou a Índia. Num fenómeno chamado globalização em que o país mais forte impõe inclusive os seus hábitos culturais aos restantes como acham que haveríamos de ficar? Seria fácil uma adaptação a uma cultura completamente diferente da nossa? Eu não gostava! Acho imensa piada quando vejo pelas ruas de NY grupos de jovens "activistas" a fumarem maconha e a pedirem o fim das ferozes políticas capitalistas no entanto...se não forem os EUA a cabeça outro país os substituirá. A China e a Índia juntas têm população suficiente para invadirem o mundo, a China sozinha tem capacidade para derrotar uma aliança entre todos os países da Europa mais os EUA. É claro que um conflito armado não é questão que esteja sequer sob a mesa visto que hoje em dia as grandes guerras são feitas na bolsa no entanto vale sempre a pena reflectir no poderio económico de um Estado como são os nossos amigos "pouco democráticos" do oriente. Devemos então sentirmo-nos ameaçados? Claro que sim!! Eles andam aí, eles vão ultrapassar os EUA, eles têm um PIB absolutamente assustador, no fundo eles são o futuro e a cultura ocidental com todos os seus valores já começa a ser passado. Possivelmente quando Obama terminar o seu mandato (dentro de 10 anos) os EUA não serão mais a super-potência mundial e aí meus amigos...comecem a penar porque em vez de McDonald's e Coca-Cola vão ter nos super-mercados produtos como "kim yun sang" ou "lee shung sognam".

quarta-feira, 25 de março de 2009

Tratado de Lisboa: Jo Leinen

Aos interessados no Tratado de Lisboa, recomendo a leitura do seguinte documento: relatório do Deputado Jo Leinen.

terça-feira, 24 de março de 2009

Diferenças que são não mais que semelhanças

Espanha...uma cópia de Portugal! Acho que há mais diferenças entre o Algarve (que é a Inglaterra) e o resto do território do que há de diferença entre Portugal e Espanha.

Sim, aqui em Espanha as pessoas também se lamentam da crise, também se queixam do governo, também dizem que os salários são muito baixos, também há pobreza (aliás mais que em Portugal), também há lojas de chineses que vendem tudo (inclusive mercearia), também há mortes nas estradas, também há tráfico de droga em grande escala...Será necessário ir para o estrangeiro para nos darmos conta do bom que é o nosso país? Devemos ter mais cuidado quando falamos mal de Portugal ou...pelo menos não nos devemos comparar tanto com os supostos desenvolvidos!!!

Viva o calor, viva a nossa inutilidade quotidiana. Viva o álcool que refresca a depressão, viva o marasmo institucional. Os linfócitos não funcionam, a crise propaga-se na estepe.

domingo, 22 de março de 2009

Provador de Justiça

Com tanta dúvida e atraso na escolha de um Provedor de Justiça, com tanta privativação de cargos, desentendimento e disputa, arrisco-me a propor o meu cão para o cargo de Provador de Justiça, expoente máximo da auditoria aos queixosos taberneiros nacionais.

Adiamento de encomenda da Venezuela

O Governo venezuelano presidido por Hugo Chávez adiou a encomenda de 50 mil casas pré-fabricadas ao grupo português Lena, por dificuldades de financiamento.
A causa é a diminuição do preço de petróleo nos mercados internacionais (a Venezuela é um dos países produtores) e as dificuldades de crédito nos mercados financeiros. Quer isto dizer , muito simplesmente, que a Venezuela não tem dinheiro para pagar à empresa portuguesa e por isso não vai poder contratar os seus serviços.
O obstáculo cada vez maior de financiamento e o agravamento da divida dos países subdesenvolvidos é mais um entrave ao seu processo de convergência e desenvolvimento, o que vem contribuir ainda mais para o seu atraso. Consequência essa que é das mais cureis da recessão económica mundial.
Por conseguinte, dadas as relações económicas e de negócios com outras economias, em concreto a portuguesa, por arrastamento, estas também saem penalizadas, pois produzem menos, e geram menos riqueza e emprego.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Insónias

Li hoje no Público um artigo que relatava que os portugueses dormiam mal por causa da crise. Naturalmente imaginei logo o dono da Jotex a revolver-se na cama, por causa do fecho dessa fábrica, certamente a pensar na angústia dos seus empregados que ficaram sem trabalho. Desloquei-me à AIG, com um lenço na mão e decidi enxugar o ranho aos administradores e altos funcionários que foram gratificados com uma quantia modesta, depois de terem recebido uma minúscula injecção de fundos públicos na sua empresa e de não terem cometido erros na gestão do seu negócio. Depois lembrei-me do Madoff, homem exímio nas artes da decência, que sempre resguardou o interesse da sua família e dos seus clientes, lembrei-me do Bush e do seu humanitarismo perante as barbaridades que acometiam o Iraque. E os péssimos resultados do Benfica e a goleada que o Sporting sofreu? Não há razões para nos revolvermos na cama? Tendo em conta que o governo tenciona gastar 1000 milhões de euros num troço de 20 km, que o presidente da CIP diz que seria mais barato pelo sul, depois desmentido por outro organismo, facto que nos leva a questionar: em quem devemos confiar? Quem diz a verdade? Depois artigos onde se critica o aumento salarial, não proporcional à produtividade: as famílias já têm pouco poder de compra... Muitas ideias, muitas frases bonitas, contudo, este mundo constitucional e parlamentar, parece tão longe das expectativas e dos interesses da maioria maltratada. Quando é que se lembrarão de governar não para as estatísticas e para as eleições? Talvez se compreenda por que tanta gente dorme mal... Uma minoria chora num bom carro, num BMW topo de gama, outros num carro comprado às prestações... de baixo calibre...

AIG

Coloco-vos a seguinte carta electrónica que recebi. Deixo-a à vossa apreciação:

Dear MoveOn member,
Y'know, the AIG million-dollar bonuses being paid out with our taxpayer money got me mad enough to, well, throw something.
So MoveOn member Kris Khoury helped us whip up a game that does just that!
It's called "The Great AIG Tomato Toss," and it's oddly addictive. We should stop throwing money at the people who ruined our economy—and start throwing (virtual) tomatoes. Play it here:
It's a fun game, but it's got a serious purpose: to get the outrageous AIG bonus money back. When you play the game, you can also sign our petition to demand the return of the bonus money. The more people who play the game, the more signatures we'll be able to deliver to congress. 300,000 of us have signed already, and we're shooting for 400,000.
So check out the game, pass it on, and then sign the petition if you haven't already. Together, we're going to get some justice from the people who played a role in creating this whole financial crisis in the first place—even if it that call for justice starts with a single, juicy, digital tomato.
Thanks for all you do.

quinta-feira, 19 de março de 2009

E Sr. Primeiro Ministro, que tal uma reforma?

"Optimism is the madness of insisting that all is well when we are miserable" - Voltaire

Engraçado não é? Sermos optimistas com esta crise, quando de facto nos sentimos miseráveis.

Complexus ou simplex, de uma forma ou outra, caso gostem ou não, pois gostos não se discutem, estamos aqui para criar uma crítica aberta, com consciência e nao algo banal e sem coerência.

Relembrando tempos antigos, voltando as costas ao futuro, retornando a Roma Antiga, os Imperadores, para alienar o seu povo, ofereciam circo e pão. Nos tempos correntes temos o sucessor dessa oferta: Tony Carreira. Sinceramente gostava de ouvir a opinião desse grande senhor da música portuguesa, pois se já plagia músicas, quem sabe plagiava um sistema político que funcionasse em Portugal. Assim quem sabe este povo, digno de seu nome, vote com consciência e não por gostos.

Digamos: E Sr. Primeiro Ministro que tal uma reforma social e de mentalidades?

Business

Já dizia um grande escritor (não me lembro qual, alguém me ajude), que dizia: "A Economia depende tanto dos economistas, como o Tempo depende dos Meteorologistas".

Graças a esses videntes capelistas, estamos aqui - escrevendo blogues - porque não temos saldo no multibanco.
Passou-se da economia-showbusiness para a economia-no-business.

Complexus

Dispersos na linha marginal da vida. Carregados, ansiosos, o mundo aos saltos, no trampolim cosmopolita. Tensões. Os desejos do consumo coroam os sentidos. O complexo da existência. O complexo multidireccional. A Pandeia televisiva. Os jornais encharcados de chuva. Pânico nas bolsas, mercados financeiros aos tombos pela colina. Lápis sem tinta. Tinta das nossas omissões, pânico das nossas tristezas, desassossego nas nossas condutas. Explodem bombas. Explodem as emoções, a alma, os cruzeiros. Luxos encobertos, à vista de qualquer pessoa. Exploração africana, século XIX na China. Ilusão do unilateralismo. Polilateralismo. Preservativos enclavinham a bula papal. Eutanásia. Eutanásia ecológica. Descalcificação moral. Opiofagia em festins ocos. Alucinações bailantes, crianças amachocadas por hedonísticas feras. Loucura coberta de razão. Vestidos de casamento, códigos diversos. Arcas vazias, cobertas de soalho. Pão lacrimejante, cidades adormecidas, neblinas que entontecem a fagia de existir: Assim é o nosso tempo, multissentido. E o nosso espaço só aspira a uma lacuna na nossa vontade, da nossa ganância de ridicularizar o ridículo, de expor o inaudito, o destino dessinalizado, o sufoco da rotina. Concretizemos a nulidade da esperança. Bem-vindos ao civismo pós-moderno.